terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Quero tudo novo de novo. 
Quero não sentir medo. 
Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. 
Quero sair pelo mundo. 
Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. 
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. 
Quero um trabalho novo. 
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. 
Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. 
Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. 
Quero conhecer mais pessoas. 
Quero olhar para frente e só o necessário para trás. 
Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. 
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. 
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. 
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. 
Quero menos “mas”. 
Quero não sentir tanta saudade. 
Quero mais e tudo o mais. 
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".





quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Amar


Amar
Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotação universal, senãorodar também, e amar?amar o que o mar traz à praia,e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,o que é entrega ou adoração expectante,e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor, um chão de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,doação ilimitada a uma completa ingratidão,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossaamar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

CHAPLIN


Esse texto, muitos já devem ter lido muitas vezes, mas é perfeito e vale a pena ler sempre!


“Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis”.

Já fiz coisas por impulso, Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger, Já dei risada quando não podia, Já fiz amigos eternos.

Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado.

Já fui amado e não soube amar.Já gritei e pulei de tanta felicidade.

Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas "quebrei a cara" muitas vezes!

chorei ouvindo música e vendo fotos, Já liguei só pra escutar uma voz.

Já me apaixonei por um sorriso.

Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e... ...tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!

Mas sobrevivi!E ainda vivo!Não passo pela vida... e você também não deveria passar. Viva!!!

Bom mesmo é ir a luta com determinação.

Abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia!

Porque o mundo pertence a quem se atreve E A VIDA É MUITO para ser insignificante"

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pescaria


Um homem
que se preocupava demais com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.

Um amigo lhe deu então a idéiade usar as minhocas

numa pescaria para se distrair das preocupações.

O homem se distraiu tanto pescando

que sua cabeça ficou leve como um balão

e foi subindo pelo ar até sumir nas nuvens.

Onde será que foi parar?

Não sei, nem quero me preocupar com isso.

Vou mais é pescar.

O AMOR É JUVENIL


Quantas saudades surgem dos amores adolescentes que todos devem ter tido.

Porque será? Você já deve ter pensado. Não seria porque eram amores naturais?

Amores que brotavam na alma, sem intelectivas ponderações.

As simpatias surgiam e quando víamos estávamos apaixonados.

Belos amores de invernos e verões. Sempre havia as desilusões, mas não.

Não guardávamos rancores nem fel. E dividíamos esta com os amigos.

Amigos que na época eram verdadeiros.

Davam os ombros para as choramelas, pois entendiam desta desdita também.

Bons tempos desta jovialidade infantil.

Hoje acha-se que a eventual infelicidade advém do fato de não se ter um amor.

Mas é bem possível que a origem deste sofrer é justamente a da falta dos amigos.

E é esta falta que gera solidões a esmo, esta sociedade que só vê a ‘mais valia’.

Predominando só a imagem sobre o ser, escondendo-se as fragilidades afetivas.

Quão triste e sem brilho se tornou a humanidade cheia de luz de mercúrio.

Onde parece que os mais duros e frios, iguais a latões vazios, vivem melhor.

Mas não, só parece!

‘A felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo’

domingo, 4 de janeiro de 2009


Meu Pai

Meu pai se foi

Agora tudo são escombros e restos na minha cidade saqueada e destruída

Uma cidade que foi uma vez tão bonita

Meu pai se foiE com ele a alegria do mundo

A alegria que me sustentava com uma força pulsilânime, densa, estrutural

Meu pai se foi

E com ele uma fúria que me arrasta por mundos conhecidos e desconhecidos

Uma fúria que me me alimenta e me destrói

Meu pai se foi

E com ele um susto que parece que não vai embora

Como uma mensagem que se repete dia e noite na secretária eletrônica quebrada de meu telefone

Meu pai se foi

E com ele a luxúria de uma vida grata, alegre, doce

A luxúria da leveza e das coisas boas do dia-dia

Meu pai se foi

E com ele meu porto seguro

Minha direção no mundo, bússola do meu coração

Meu pai se foi

E com ele minha voz altiva e meu olhar confiante

Meus pés sólidos e firmes no chão, garatindo meus caminhos do porvir

Meu pai se foi

E com ele o palhaço que me fez rir a vida inteira

Hoje tem marmelada? Tem Sim senhor. Hoje tem goiabada? Tem sim senhor...Como vai, como vai, como vai? Tudo bem, tudo bem, tudo bem, bem, bem.

Meu pai se foi

E com ele a paixão pelo futebol

E com ele a paixão pela arte

E com ele a paixão pela música

Meu pai se foi

E com ele um cidadão que reclamava de seus direitos

Um conservador de imensa lucidez

Meu pai se foi

E com ele um coração de tanta bondade

Um carinho por todo o mundo

Meu pai se foi

E com ele um sorriso presente

Sempre presente

E a boa vontade de fazer as coisas

Sua disposição para tudo

Meu pai se foi

E com ele o andar apressado dos dias da juventude

Meu pai se foi

E com ele uma parte de mim que ainda não sei qual é

Meu pai se foi

E com ele a luz do meu sol do meio dia

Meu pai se foi

E com ele uma ausência impreenchível

Meu pai se foi...

E a estrada agora parece tão longa

Mesmo que florida, mesmo que regada e cuidada por ele mesmo“Alguem sentado a beira do caminho

Jamais entenderá o que eu sinto agora

Sou levada pelo movimento que sua falta faz...

Havia tanta paz no seu carinho

Na despedida fez um dia lindo

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


Sou filha de um momento terno entre a Terra e o Sol, amante da Vida e da Poesia e afilhado do Tempo. O Amor é meu companheiro de viagem, junto com a Indignação. Tenho ao meu lado, como guia a Liberdade. O mundo é um caminho regido pelo Destino e sustentado pela Eternidade, por onde ando e encontro pessoas e mestres e em cada dia que passa uma nova lição. Sou aquela a quem a Vida ama e que ama a Liberdade.
FELIZ 2009!!!!!!!!